URBANISMO
Gelos-baianos com os dias contados no Recife
Publicado em 23/02/2013, às 20h46
Margarette Andrea
Especial para o JC

Foto: Priscila Buhr/JC Imagem
Eles chegaram pequenos, com passaporte provisório e alegando boas intenções. De repente, cresceram e invadiram o Recife, impondo sua aparência bruta em meio às principais ruas e avenidas da cidade. Com seus 500 quilos, corpo quadrado e roupa amarela, os onipresentes blocos de concreto (conhecidos como gelos-baianos) acumulam uma quantidade de funções de tirar o fôlego: dividem pistas, protegem gradis, postes e outras sinalizações, delimitam obras viárias, proíbem estacionamentos irregulares, fazem barricada e criam ilhas para travessia de pedestres que acabam virando ponto de venda de espetinhos. De tão disseminados, sobretudo nas últimas gestões petistas, os mais céticos podem não acreditar, mas os blocos devem desaparecer dos principais corredores viários.
Reconhecendo a agressão provocada pelo excesso desses equipamentos à estética urbana da cidade, o gerente de operações de trânsito da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), Wagner Rodrigues, informa que o órgão repassou à Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb) levantamento com uma série de corredores viários onde os blocos devem ser substituídos por canteiros centrais. “Como fizemos num primeiro trecho da Avenida Norte (entre a Rua da Aurora e a Avenida. Agamenon Magalhães) vamos dar continuidade ao canteiro central não só naquela via, mas também em corredores como as Avenidas Agamenon Magalhães, Abdias de Carvalho, Recife, e em algumas ruas centrais, como a Riachuelo”, afirma.
Em ações paliativas, os equipamentos devem continuar presentes. É o caso da Rua Saturnino de Brito, no bairro da Cabanga, tomada pelos gelos-baianos por conta das obras da Via Mangue, ou dos bloqueios realizados durante o Carnaval, onde, só no Bairro do Recife, foram utilizados este ano cerca de dois mil blocos, ainda em processo de remanejamento.
O gerente explica que, apesar de ter caráter provisório, os blocos acabaram sendo utilizados de forma permanente em algumas situações por questão de segurança ou pelas vantagens encontradas. “Na Avenida Norte ocorriam muitos acidentes onde os carros saíam de uma pista para outra e batiam de frente. Já as ilhas vistas em grandes corredores são áreas de recuo necessárias para abrigar o pedestre durante a travessia.”
Questionado sobre outras soluções menos agressivas a serem utilizadas pela engenharia de tráfego, Wagner Rodrigues admitiu que elas existem, a exemplo das calçadas usadas como ilhas, mas defendeu que os blocos são eficientes e, em muitas situações onde a fiscalização deveria ser a solução ela não dá conta, pois as pessoas forçam a passagem.
Reconhecendo a agressão provocada pelo excesso desses equipamentos à estética urbana da cidade, o gerente de operações de trânsito da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), Wagner Rodrigues, informa que o órgão repassou à Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb) levantamento com uma série de corredores viários onde os blocos devem ser substituídos por canteiros centrais. “Como fizemos num primeiro trecho da Avenida Norte (entre a Rua da Aurora e a Avenida. Agamenon Magalhães) vamos dar continuidade ao canteiro central não só naquela via, mas também em corredores como as Avenidas Agamenon Magalhães, Abdias de Carvalho, Recife, e em algumas ruas centrais, como a Riachuelo”, afirma.
Em ações paliativas, os equipamentos devem continuar presentes. É o caso da Rua Saturnino de Brito, no bairro da Cabanga, tomada pelos gelos-baianos por conta das obras da Via Mangue, ou dos bloqueios realizados durante o Carnaval, onde, só no Bairro do Recife, foram utilizados este ano cerca de dois mil blocos, ainda em processo de remanejamento.
O gerente explica que, apesar de ter caráter provisório, os blocos acabaram sendo utilizados de forma permanente em algumas situações por questão de segurança ou pelas vantagens encontradas. “Na Avenida Norte ocorriam muitos acidentes onde os carros saíam de uma pista para outra e batiam de frente. Já as ilhas vistas em grandes corredores são áreas de recuo necessárias para abrigar o pedestre durante a travessia.”
Questionado sobre outras soluções menos agressivas a serem utilizadas pela engenharia de tráfego, Wagner Rodrigues admitiu que elas existem, a exemplo das calçadas usadas como ilhas, mas defendeu que os blocos são eficientes e, em muitas situações onde a fiscalização deveria ser a solução ela não dá conta, pois as pessoas forçam a passagem.
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