sábado, 26 de janeiro de 2013


Curado »Secretário de Ressocialização fala sobre fuga de presos

Publicação: 26/01/2013 12:33 Atualização: 26/01/2013 14:00
O secretário de Ressocialização do governo do estado, coronel Romero Ribeiro, concedeu ao meio-dia uma entrevista coletiva sobre o tumulto no Complexo do Curado, antigo Aníbal Bruno, no bairro do Sancho, ocorrido na manhã deste sábado (26). A entrevista foi concedida dentro do presídio e situação já foi controlada. Segundo ele, não houve rebelião, e sim uma fuga do Presídio Frei Damião de Bozzano, que integra o complexo e abriga condenados considerados mais perigosos. O secretário não confirmou a quantidade de detentos que conseguiram fugir. Apenas informou que está sendo realizada uma recontagem. Até o horário da entrevista, 16 homens foram recapturados.

Apesar da secretaria de Ressocialização não ter informado ainda o número de fugitivos, moradores da localidade afirmam que cerca de 40 detentos saíram pela porta da frente do presídio. No entanto, a informação só será confirmada após a recontagem. A secretaria ainda informará no boletim os materiais apreendidos com os presos

O que motivou a confusão seria um descumprimento de um acordo entre os próprios presos de respeitar a visita íntima, que começaria hoje e terminaria neste domingo (27). Após o início do tumulto, os presos teriam rendido um agente penitenciário, tomado a sua arma, e iniciado a fuga.

Na coletiva, o secretário informou que sete pessoas, sendo dois agentes e cinco presos, foram socorridos para o Hospital Otávio de Freitas. Durante a confusão, cerca de 30 pessoas trabalhavam no presídio. Eram agentes, funcionários administrativos e operacionais.

O presídio Frei Damião de Bozzano tem capacidade para abrigar 476 presos. No entanto, hoje, o local está com 1.400 detentos. Os homens detidos nesta unidade são considerados de alta periculosidade, como condenados por estupro, latrocínio e assalto a bancos.

Participam da operação de contenção, contagem e recaptura 70 policiais do Batalhão de Choque, 25 da Companhia Independente de Operações Especiais (Cioe), 100 agente penitenciários e mais 100 do Batalhão da Guarda.

Ainda há denúncias de que, no último ano, teria sido reduzido o número de agentes nas guaritas de vigilância do sistema penitenciário. E isto poderia poderia ter facilitado a fuga. Ao ser questionado sobre esta redução no quadro de funcionários, o secretário Romero Ribeiro não quis comentar o assunto.

Com informações da repórter Juliana Cavalcanti

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