segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Olha eu aqui de novo..!!!

URUBÚ-"SEGURANÇA"


Sem querem plagiar Roberto Carlos numa de suas canções, esta é mais uma das muitas histórias que aconteceram comigo, na minha vida de repórter. Leiam e comentem..!!


“FORUNCO” – O urubú-segurança

Já andei por esse Brasil afora e vi coisas diversas. Algumas sem muita importância, outras muito interessantes e curiosas. Conheci, em Teresina-PI, um casal que criava URUBÚS. No quintal da casa, humilde, de taipa, uma dezena dessas aves predadoras disputavam uns restos de miúdo de galinha que a dona Raimunda (como era chamada) havia jogado. Além dos urubus, essa mulher e seu marido, ‘seu’ Vicente, também, gostavam de criar guinés, (capote, como é conhecida essa ave no meio norte do País), galinhas de capoeira e meia dúzia de vira-latas, desses que avançam contra quem quer que seja. Dona Raimunda chegou até minha pessoa depois que fiz um anúncio no programa que apresentava na Tv Meio Norte, de presentear quem trouxesse durante o programa um animal o ave curiosa...até mesmo um papagaio falador.

A única pessoa que apareceu e muito bem acompanhada de um dos seus ‘queridos’ urubus, foi a dona Raimunda. O bicho, preto que só carvão, com um bico rombudo e olhos desafiadores, assustou-se com o ambiente do estúdio e largou da dona e foi aquele estardalhaço. O bicho se espalhou dentro do estúdio que era pequeno e a galera correu. Incrível, mas ele partia pra cima de qualquer pessoa que tentasse segura-lo. Na confusão, o urubu de dona Raimunda que ela o apelidou de “forunco” bateu pra-lá – bateu pra-cá e terminou dando uma bicada no cinegrafista. O danado acertou o fundo da calça do rapaz que ficou sem poder se mexer ao mesmo tempo que operava a câmera...

A sorte é que ele não conseguiu segurar a pele da bunda do rapaz. Foi somente a calça. De tanto puxar, o tecido rasgou e o jovem ficou de cueca à mostra. O alarido foi total. Sem querer acreditar no que estava acontecendo AO VIVO, no programa, o dono da tv, Paulo Guimarães foi até o estúdio para ver o que se passava. Tão logo ele adentrou no recinto o urubu partiu pra cima dele e foi um corre-corre desgraçado. Depois de muito tempo, dona Raimunda, auxiliada por um funcionário da emissora, conseguiram dominar o bicho que chiava que só a porra..!!!! Quando o problema foi contornado e “forunco” sob controle, foi a vez da premiação: um anunciante (não lembro mais o nome do café) foi entregar o prêmio á dona da ave: uma sacola contendo produtos diversos e um cheque no valor de R$ 500. Quando ele foi entregar os prêmios à mulher e foi passar-lhe às mãos o cheque, e não é que “forunco” se arretou novamente..! Aplicou uma bicada tão violenta na mão do homem, rasgando o papel do cheque e provocando um corte terrível num dos dedos do cidadão que saiu do estúdio se esvaindo em sangue. Moral da história: a ave só ficava revoltada (arisca) contra quem se aproximasse de sua dona..!

Pois é....ela não nos explicou esse detalhe. Enquanto ela estava segurando o bicho, tudo bem, mas quando alguém se aproximava para falar-lhe alguma coisa, ele se danado e partia pra cima. Quando observei esse detalhe fiquei de longe, claro..!!! Ela ganhou o prêmio, mas o “forunco” promoveu a maior zorra de que se tem notícia num programa de tv. Esse quadro só prô ar essa vez, mas o assunto gerou uma pauta legal para o “Aqui, Agora”, do SBT, que adorou a matéria. Eu fui na casa da mulher e lá me deparei com um “paraíso” de urubus e todos muito bem comportados. Na hora que cheguei, nenhum se encontrava. Mas depois que ela começou a fazer um ruído estranho na boca, daqui a pouco foram chegando, chegando, chegando e quando menos esperava o quintal já estava cheio só aguardando as ‘ordens’ de sua dona, kkkkkkkkk....Incrível, mas isso aconteceu de verdade.

(By Jota Ferreira – 22/11/08)

2 comentários:

Cinthia Ferreira disse...

hahahahahahha muuuuito boa essa! Mas que sorte dessa mulher, hein, painho?!

Beijão

Anônimo disse...

Poxa que sufoco!!!
É sempre legal escutar essas estórias que acontecem no cotidiano de um jornalista, principalmente para aqueles que querem exercer a profissão como eu, assim podemos ver que nem tudo é assim tão programado, e temos que ter bastante jogo de cintura pra saber contornar situações adversas. Ser jornalista não é pra todo mundo.

Marília Simas