quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Vamos às novas..!!!





Meus amigos, decidi atender ao apelo de um dos meus queridos leitores. A partir de hoje, contarei histórias de toda a natureza. Leiam e comente..!






O DEFUNTO QUE NÃO QUERIA MORRER (??!!)

Parece ‘história de troncoso’ (como dizia minha velha mãe) mas verdadeiramente aconteceu e foi na cidade do Cabo de Santo Agostinho. Era uma tarde de sexta-feira, por volta das 17h (não lembro a data) e eu me preparava para sair da televisão depois de cumprir mais uma jornada de trabalho, quando fui “convocado” pela chefia de reportagens para “uma emergência”. Resmugando feito menino mal-criado me apresentei ao então chefe, o companheiro Rinaldo Ferraz. Depois de se desculpar, ele me passou a ‘pauta’ – uma família estava revoltada e protestando porque os médicos do hospital Mendo Sampaio, naquele município, queriam a todo custo transladar o corpo do chefe da família para o exame de verificação de óbito, no SVO. A vítima, que só lembro o primeiro nome, Amílcar, havia falecido após um infarto fulminante e a família não queria permitir que cortassem o corpo do homem porque acreditavam que “os estudantes queriam mesmo era estudar o corpo do velho e isso não era justo”.

Lá chegando, encontrei o maior “bafafá”. Funcionários do hospital tratavam de se esconder e os médicos não queriam saber de reportagem. A decisão havia sido tomada e pronto. Os familiares do defunto fizeram uma barreira para impedir a saída do carro funerário e o barraco foi grande. Minha raiva logo passou e tratei de resolver aquela ‘parada’. A matéria seria editada naquele mesmo dia para ser gerada até às 22h para o SBT, para o programa “Aqui,Agora”, o maior sucesso de jornalismo da época. Como o estilo de matérias feitas por mim era no sistema de “câmera aberta”, tratei de narrar o que via, entrevistando quem encontrava pela frente até encontrar a suposta viúva, dona Genilda. Em prantos, ela me contou o ocorrido. O marido havia morrido, vítima de uma complicação cardiológica e não deveria ser necropsiado.

Procurei o médico para tentar uma sonora (entrevista) sem perder de vista os parentes do defunto que não arredavam o pé da frente do portão, impedindo a saída do corpo. Enquanto esperava o médico, chefe do plantão, observei que a tampa do caixão estava aberta. Até aí, tudo bem. Só que um imprevisto aconteceu: um grito alucinante seguido de uma correria desembestada abalou todo o hospital. Fiquei sem saber pra onde ir, feito uma ‘barata tonta’, querendo entender o que teria ocorrido. Foi aí que me deparei com uma cena dantes nunca presenciada: o sr. Amílcar havia “ressuscitado” e estava gritando, apavorado, sem entender porque estava naquela situação.

Me aproximei do “morto-vivo” e fiz a pergunta mais idiota do mundo: “O sr. está vivo, mesmo..?”. Passado o susto, os familiares se aproximaram e, agora, choravam mas era de alegria..! Dona Genilda, ex-viúva, não cabia em si de contente. Foi aí que apareceu o médico, com a cara de ”mané-como-couve” explicando que um caso daquele acontece em dez mil que resultaram em morte. Ele realmente teria infartado e os exames (??) feitos por aquele profissional médico lhe dava a certeza de que o sr. Amílcar..já era..! Mas não..! O sr. Amílcar estava “vivinho da silva” para satisfação de todos. Enquanto o “ressuscitado”era cumprimentado por todos, alguns parentes decidiram quebrar o caixão da funerária na base da porrada.A matéria foi gerada para o SBT e foi um sucesso tremendo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu simplesmente ADOREI essa história!
Esse seu querido leitor sabe das coisas, já estava na hora de contar essas histórias!
Dei muitas risadas!

O blog está muito legal,vou ler todo dia!!! :D

Eu fiquei me perguntando onde estaria esse senhor agora..
E também me identifiquei com um antigo medo de ser enterrada viva!!!
Quero ser cremada!

Beijos